sábado, 19 de outubro de 2013

Good Bye, Ada

17 de outubro de 2013, para mim, como gamer, representou o fim de um ciclo.

Desde muito pequeno, sempre me senti encantado por jogos e os jogos eletrônicos representavam a cereja do bolo.

Em 1998, conheci um jogo que mudaria o modo como eu me divertia. Resident Evil 2.

O começo do jogo, na época, era tão difícil para mim que sempre acabava morrendo igual a uma galinha, ou chegava na loja de armas me arrastando com o life em "danger".

Depois de Resident Evil 2, conheci tantos jogos incríveis no Sony Playstation que me fizeram adentrar de uma vez em mundo de magia e de sonhos.

Jogar Final Fantasy VII, no velho PSone, foi a experiência mais trágica e feliz que tive na vida até então.

Depois veio o Playstation 2, que trouxe outro Final Fantasy, o décimo, que para mim representou uma revolução no mundo dos games, com toda a tecnologia e supremacia gráfica da nova geração de jogos.

Partes do meu caráter foram desenvolvidas jogando Persona 3, no PS2, onde sempre me via em dilemas morais onde honestidade e esperteza sempre eram questionadas.

Finalmente com o Playstation 3, eu já era uma sonysta assumido, e tudo da Micro$oft e da Num-Intendo era pior.

Experimentei jogos extraordinários, principalmente, neste fim de geração como Final Fantasy XIII-2 e o novo Tomb Raider.

Curti muito, o PS1, o PS2, o PS3, meu incansável PSP... quanto a meu PSVita, acho que ele é meio incubado, pois se recusa a sair do armário. Fica lá, subutilizado.

Meu Sony Head Set Wireless para PS3, os celulares sony, e até o notebook Vaio em que digito esse texto demonstram o apreço que tinha pela empresa japonesa, quase de forma religiosa, dogmática.

Já havia me preparado financeiramente para o lançamento do PS4.

Apesar de vir um pouco aborrecido com o suporte da empresa no Brasil, acreditava que, no dia 8 de outubro de 2013, o lançamento do jogo Beyond: Two Souls, o jogo mais esperado do ano por mim, iria lavar a alma da empresa para os gamers do Brasil. Pura ilusão!

O jogo saiu sem a dublagem e as legendas em português-BR, que foram com tanto entusiasmo prometidas pela Sony. E sequer era possível usar os códigos e a Missão extra para quem comprou na pré-venda. Esse acontecimentos beiram ao amadorismo. Chegou a ser patética a história da prensa dos discos com a matriz errada.

Ainda havia esperança. Possivelmente, em 24 de outubro seria anunciado o preço do PS4 no Brasil, e serviços como PSHome e PSPlus.

Mas antes disso veio o dia 17 de outubro de 2013. O fatídico dia.

Nesse dia o gerente geral da Playstation no Brasil, Anderson Gracias, pela primeira vez postou no Blog Oficial, um post curto, com apenas três linhas, mas que foram suficientes para sacramentar, em definitivo, o fim de minha relação com a empresa japonesa:
A Sony Computer Entertainment America anunciou o preço do PlayStation®4 (PS4™) (série CUH-1000A): o console será lançado no Brasil por R$ 3.999, e o preço sugerido dos jogos para o console será R$ 179. O PS4™ estará disponível a partir do dia 29 de novembro de 2013 nas principais lojas de varejo do Brasil.

Agora só falta a Sony anunciar na BGS (Brasil Game Show), a maior feira de vídeo games da América Latina, que o serviço PS+ estará disponível no Brasil, por mil reais a anuidade.

A frase que mais define esse momento é a zerada do segundo CD de Resident Evil 2, quando Leon e Claire fogem de trem de Raccoon City, e o Leon diz com certo pesar:
Good Bye, Ada.

Assim como muitos ex-sonystas, continuarei a jogar. Seja no meu surrado PS3 ou no PC. E porque não no novo Micro$oft Xbox One?

Mas SONY, aqui em casa, NÃO MAIS!



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